NÍVEIS DE ÓXIDO NÍTRICO NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO DE PACIENTES COM ENXAQUECA CRÔNICA
Vieira DSS, Gonçalves AL, Naffah-Mazzacoratti M, Masruha MR, Higa EM, Castro Neto EF, Zukerman E, Peres MFP 1
Instituto do Cérebro, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP – Brasil Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, 2 Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP – Brasil Departamento de Neurologia e Neurocirurgia, 3 Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP – Brasil
POSTER APRESENTADO NO XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALÉIA
Introdução/Objetivos:
O óxido nítrico (ON) é um mensageiro molecular envolvido em várias funções biológicas, incluindo a neurotransmissão. É bem conhecida sua participação na fisiopatologia da enxaqueca, onde o uso de inibidores de ON pode abortar crises de enxaqueca e cefaléia do tipo tensional. Por outro lado, a administração endovenosa de nitratos pode desencadear crises de enxaqueca. Experimentos têm mostrado que o ON desempenha um importante papel no processo de sensibilização central, com a ativação dos receptores NMDA e não-NMDA pelo glutamato, ocorre a entrada de cálcio com a ativação do óxido nítrico sintetase, produzindo ON e aumentando o GMP cíclico (GMPc) produzindo uma cascata que levaria estímulos repetitivos a estruturas envolvidas no processo de cronificação da dor e da alodínia. O objetivo deste trabalho foi de avaliar os níveis liquóricos do ON em pacientes com enxaqueca crônica submetidos à punção lombar.
Métodos:
Foram estudados 36 pacientes com enxaqueca crônica de acordo com os critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaléias (2004). Os pacientes foram submetidos à punção lombar com medida de pressão para excluir hipertensão intracraniana idiopática sem papiledema. Espécimes de líquor controle foram obtidos de pacientes submetidos à punção lombar com outros diagnósticos. Os níveis ON foram determinados através do NO System®.
Resultados:
Os níveis de ON no líquor de pacientes com enxaqueca crônica (4.31 ± 2.44 ng/ml) foram significativamente menores quando comparados ao controles (5.69 ± 2.43 ng/ml) (p = 0.004). Conclusão: Nosso estudo mostra que os níveis de ON no líquor de pacientes com enxaqueca estão menores que naqueles sem enxaqueca, estes dados podem refletir um maior consumo deste mensageiro intracelular no processo de cronificação da dor e alodínia.
T 12
Migrâneas cefaléias, v.11, n.2, p.127-175, abr./mai./jun. 2008 149
Gostaria de deixar uma contribuição para os pesquisadores no assunto da Enxaqueca. Sofro deste mal desde os 17 anos, após um sarampo muito forte que tive, tenho hoje 42 anos.
minha amiga está com 31 anos e começou a ter enxaqueca depois de uma complicação anestésica em uma cesariana há um ano.
Será que as outras pessoas com enxaqueca não tem uma história parecida?