Entrevista com Dr Mario Peres, médico neurologista do Hospital Albert Einstein, Professor da pós-graduação do curso de neurologia-neurociências da UNIFESP, autor do livro “Dor de cabeça: o que ela quer com você?”
1. O senhor é um dos autores de um estudo inédito no Brasil sobre a doença. O que esse estudo revelou? Quantas pessoas foram estudadas?
O estudo epidemiológico nacional da enxaqueca estudou mais de 3800 pessoas revelou que a população brasileira tem 15,2% de enxaqueca, 13% de cefaleia tensional e 6,9% de cefaleia crônica diária
2. Como está a situação da doença no Brasil comparada a outros países? Existem dados comparativos?
Podemo fazer uma comparação com outros estudos feitos, a prevalência da enxaqueca é semelhante em outros países, mas a da cefaleia crônica diária é maior no Brasil.
3. Quais as terapias ou tratamentos que apresentam resultados mais eficazes?
Os tratamento podem ser medicamentosos ou não medicamentosos, todos tem a mesma faixa de resposta terapêutica, cerca de 50% de diminuição em 50% das pessoas, as dores de cabeça fortes reduzem sua intensidade.
4. Quais as novidades em relação a medicamentos e tratamentos? A toxina botulínica é o que há de mais recente? Quando ela é indicada?
Muitos medicamentos podem ser utilizados, neuromoduladores (anticonvulsivantes), antidepressivos, betabloqueadores. Novas opções como a toxina botulínica podem ser utilizadas em alguns casos selecionados.
5. É possível previnir a enxaqueca? O que acontece no cérebro no momento em que ela é desencadeada?
O principal tratamento da enxaqueca é o tratamento preventivo, no cérebro acontece um disparo excessivo dos neurônios do sistema de dor, que com os tratamentos passam a ficar equilibrados.
6. Qual a diferença de cefaleia em salvas e enxaqueca?
Cefaleia em salvas e enxaqueca são duas cefaleias primárias distintas, a cefaleia em salvas ocorre mais no homem que na mulher( na enxaqueca é o inverso), tem uma duração mais curta da crise de dor de cabeça, até 3 horas, porém mais intensa, acontece exclusivamente em um lado da cabeça (na enxaqueca pode ser dos dois lados), acompanha lacrimejamento, olho vermelho, queda da palpebra do lado da dor, comportamento durante a crise é de agitação, enquanto na enxaqueca o paciente prefere se deitar. Na cefaleia em salvas existe uma predileção das crises ocorrerem em uma certa hora do dia, em geral à noite ou de madrugada, e também ocorre todos os dias por um certo período no ano, seguido de meses de remissão, sem dor de cabeça. O tratamento da cefaleia em salvas é diferente da enxaqueca, na crise, o uso do oxigênio é preconizado, para prevenção procedimentos como o bloqueio de nervo occipital, remédios como o verapamil, topiramato, carbolitio, melatonina são utilizados. Em certos casos pode se usar corticoterapia para cortar o ciclo de dor.
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Por favor preciso de resposta. Já perguntei a dentista e alguns médicos não souberam me responder. Há alguns anos percebo que antes da menstruação descer tem me causado pequenas fissuras como se fosse aranhões as vezes incha e sempre dói e incomoda muito. Ontem e hoje por exemplo estou sentindo muita dor em um dente em que aparentemente não tem nada. uma dentista olhou e não viu nada. Pediu um Raio X vou fazer Já tomei nimesulida, Tandrilax e agora vou tomar Daocil. espero ficar livre da dor. SE possível me responda. Obrigado
Pelo amo de Deus tem que existir algum coisa para essa maldita enxaqueca…..Especialistas nos ajudem por favor